Bananas da República

09 Janeiro 2006

teste

08 Janeiro 2006

Este país precisava era de uma ditadura...


Já tenho a dita dura. Estou só à espera de uma boa oportunidade para a introduzir.

07 Janeiro 2006

Este homem não é um Senhor, carago!

Há nove meses, Alberto João Jardim apelidava Cavaco Silva de “Senhor Silva” e dizia também que ele deveria ser expulso do PSD. Não vou discutir a súbita mudança de opinião do Presidente do Governo do Arquipélago que produz mais bananas em Portugal, pois para além de isso ser muito previsível, penso que não merece sequer ser comentado.

Aquilo que hoje gostaria de discutir com os meus mui nobres leitores é o simples facto de o Alberto João ter utilizado a expressão “Senhor” em vez de “Professor” ou “Doutor”. Ele utilizou propositadamente esta expressão porque sabia que os portugueses, em geral, iriam achar piada. Claro que os portugueses, em geral, acharam piada… Não há nada mais perigoso do que um ditador que conheça bem as massas.

Os portugueses acharam piada porque, nas suas cabecinhas, chamar Senhor a um Doutor é um insulto daqueles que, com um bocado de sorte ou azar, ainda levam uma pessoa à cadeia. É uma coisa muito portuguesa, com certeza. Tentem explicar isto a um estrangeiro para verem se ele percebe a piada. Obviamente que não entende, porque no estrangeiro faz tanto sentido chamar Doutor a um Doutor fora do contexto laboral, como chamar Electricista ao vizinho de baixo quando se passa por ele na rua.

Já dizia uma pessoa que muito respeito, não pelo seu grau académico, mas pela sua experiência de vida: “Qualquer um pode chegar a Doutor, mas ser um Senhor não está ao alcance de todos…”

Embora talvez seja mentira o facto de Cavaco Silva ser um Senhor, o que ele deveria ter feito era assumir aquilo como um elogio.

06 Janeiro 2006

Sugestão de leitura para antes das Presidenciais


Hoje o Bananas quer proporcionar-vos um momento cultural. Para isso escolhi um livro cuja leitura recomendo para estas duas semanas antes das eleições. Trata-se de ENSAIO SOBRE A LUCIDEZ de José Saramago. Se é que me entendem...

Para os que não entenderam, aqui fica a sinopse: Num país indeterminado decorre, com toda a normalidade, um processo eleitoral. No final do dia, contados os votos, verifica-se que na capital cerca de 70% dos eleitores votaram branco. Repetidas as eleições no domingo seguinte, o número de votos brancos ultrapassa os 80%.Receoso e desconfiado, o governo, em vez de se interrogar sobre os motivos que terão os eleitores para votar branco, decide desencadear uma vasta operação policial para descobrir qual o foco infeccioso que está a minar a sua base política e eliminá-lo. E é assim que se desencadeia um processo de ruptura violenta entre o poder político e o povo, cujos interesses aquele deve supostamente servir e não afrontar.Ensaio sobre a Lucidez constitui uma representação realista e dramática da grande questão das democracias no mundo de hoje: serão elas verdadeiramente democráticas? Representarão nelas os cidadãos, os eleitores, um papel real, e não apenas meramente formal?

05 Janeiro 2006

Silogismos imperfeitos

O silogismo é uma forma de raciocínio dedutiva. Na sua forma padronizada é constituído por três proposições: As duas primeiras denominam-se premissas e a terceira conclusão.

Como eu adorava estas coisas de raciocínios lógicos… Ora, vamos lá ver se ainda me lembro como funciona esta coisa das deduções:

- Quem comprar acções de uma empresa cotada em bolsa torna-se accionista dessa empresa.
- A Iberdrola comprou acções da EDP.
- A Iberdrola tornou-se accionista da EDP.

- Os ministros da Economia têm acesso a informações e contactos privilegiados.
- Pina Moura foi ministro da Economia.
- Pina Moura teve acesso a informações e contactos privilegiados.

- Para conquistar mercado, a Iberdrola teria de contratar uma pessoa detentora de informações e contactos privilegiados.
- Pina Moura ainda é detentor de informações e contactos privilegiados.
- A Iberdrola contratou Pina Moura.

- A EDP e a Iberdrola são duas empresas do mesmo sector, o energético.
- Duas empresas do mesmo sector são concorrentes directas.
- A EDP e a Iberdrola são, portanto, concorrentes directas.

- Nas reuniões, as empresas definem as estratégias para enfrentar a concorrência.
- A Iberdrola terá assento nas reuniões da EDP.
- A Iberdrola participará na definição da estratégia da EDP para enfrentar a concorrência
(a Iberdrola poderá apresentar sugestões para se enfrentar a si mesma).

- A concorrência não pode ter acesso a
informações confidenciais de uma empresa.
- A Iberdrola é concorrente da EDP.
- A Iberdrola não pode ter acesso a informações confidenciais da EDP
(não, está visto que pode… devo estar destreinado nisto).

Assinalei a vermelho as conclusões que não fazem sentido. Aparentemente, devo ter-me enganado na enunciação das premissas. A seguinte será destacada a negrito, pois tenho a certeza de que está correcta:

- Quem não tem atenção à retaguarda, pode levar no cu.
- Portugal não tem atenção à retaguarda.
- Alguns políticos portugueses ganham muito dinheiro e Portugal já nem sente o cu.

04 Janeiro 2006

LOLOLOL


Konheço umas profes de portugês (dessas novinhas que agora saiem das univs às semtenas) k exkrevem açim komo eu tô a faxer agora: muntos Ks e Xs, muntas abreviaturas e tudo xeio d erros. Tb rexpondem "iá" qdo a rexpoxta é afirmativa pq axim os putos kurtem e tal... é bué da fixe lol lol!
O minixtério da indukação tb kurte a sena, pk agora n intressa nada as profes saberem portugês, elas tão lá memo é pra aturar os filhos dos outros, n é pra ensinar. As assossiassões de parasitas... digo de pais tb kurtem a sena, k assim têm kem tome konta dos filhos enkuãto eles trabalham e obrigasse os profs a aguentarem, pá, keles tão lá é pra isso, n intressa s sabem insinar purtugês ou não, o k intressa é k tejam lá na eskola muntas horas k nós no nosso trabalho tb tamos.
E a porfeçora de portugês do meu filho por akaso até é munto boa porfeçora pk fika até tarde na eskola a brinkar ko meu filho. De protugês pareçe k n sabe munto, mas tb n se pode saber tudo, né?
E assim fikam todos kontentes: as profes k n sabem portuges e por iço perferem brinkar kas kriansinhas, os pais k tem kem tome konta dos filhos sem pagarem um toxtão, e o goberno k vê os pais kontentinhos a irem botar neles nas próssimas eleissões. Lololololololololololololol.

03 Janeiro 2006

10 milhões é muito ou pouco?


Notícia:
Os donativos de particulares para as campanhas eleitorais deixaram de ser dedutíveis em IRS. No ano passado quem financiou campanhas com o objectivo de diminuir a factura do IRS não vai poder deduzir o montante na declaração de rendimentos deste ano.
sic online

Tradução para Português de negócios:
Os investimentos em campanhas a troco de variados favores após as eleições já não podem ser deduzidos no IRS. Isto é uma grande chatice porque, ainda no ano passado, os grandes empresários que financiaram candidaturas na esperança de receberem benesses dos partidos vencedores recuperaram grande parte do investimento camuflado como devolução de IRS. Esta nova lei é uma tragédia meus amigos, diria mesmo uma tragédia…

Os patrões temem, entre outras coisas, que esta medida provoque a deslocalização das grandes empresas para países mais competitivos a nível de corrupção (duvidoso). Correm também rumores de que os chineses poderão estar a exportar packs de financiamentos de campanhas a preços imbatíveis, o que arrasará os lóbis portugueses.

Facto:
Os candidatos à Presidência da República prevêem gastar 10 milhões de euros nas suas campanhas. Eu sou pobre, logo não faço ideia se isso é muito ou pouco dinheiro…

Ideia:
O Bananas da República equaciona seriamente a apresentação de um candidato a Belém. O único problema é que “manda-chuva” não seria um nome muito popular e a candidatura de macacos (“Macaco Adriano) ainda não está prevista na Constituição.

A Esperança:
Talvez as alterações à Constituição propostas pelo PP sejam aprovadas. Tratando-se de ideias deste partido, é quase certo que prevêem a possibilidade de candidaturas de todos os tipos de animais.

O seu a seu dono IV (ou O Final da Saga que vocês já devem estar é todos fartos disto)


Depois das aventuras e desventuras da placa da Travessa dos Ladrões, ela ali está finalmente no sítio onde vai ficar para a posteridade.
Como estamos em época de contenção, o trabalho foi feito por um rapaz que leva baratinho e que por acaso até é da família de um membro do governo (rapaz de confiança, portanto). E a escolha foi acertada pois, como se pode ver, o trabalho ficou bem feito e o homem só levou 5000 euros por tão grande trabalheira. Por causa também da contenção não foi possível, infelizmente, convidar-vos para a inauguração. Por sorte, ainda foi possível comer e beber qualquer coisita, uma vez que se deu a grande coincidência de um outro membro do governo ter também um familiar que vende comida e bebida para fora e fez também um descontozito especial e ainda teve a gentileza de passar uma factura de valor acima do real para tentar equilibrar as contas do país.
Tudo está bem quando acaba bem. Missão comprida.


 

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